segunda-feira, abril 25, 2005

Busque Amor novas artes, novo engenho

Busque Amor novas artes, novo engenho
para matar-me, e novas esquivanças;
que não pode tirar-me as esperanças,
que mal me tirará o que não tenho.

Olhai de que esperanças me mantenho
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes, nem mudanças,
andando em bravo mar, perdido o lenho.

Mas, conquanto não pode haver desgosto
onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal que mata e não se vê.

Que dias há que na alma me tem postou
m não sei quê, que nasce não sei onde,
vem não sei como e dói não sei porquê.
Mesothelioma
Mesothelioma